Campinas não registra aumento na violência contra a mulher na quarentena

A violência contra a mulher não aumentou em Campinas mesmo nesta fase de isolamento social. A informação é do Centro de Referência e Apoio à Mulher (Ceamo), da Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos (SMASDH), órgão que garante assistência às mulheres que sofrem violência doméstica inclusive no período de quarentena. Segundo a coordenadora do serviço, Elza Fratini, “temos visto muitas publicações falando do aumento da violência doméstica em período de isolamento, mas não é a realidade registrada, até o momento, aqui em Campinas. Estamos dando suporte para nossas usuárias e não houve ampliação do número de casos”.
Para garantir o serviço nessa época de quarentena, o Ceamo tem vários canais de atendimento remoto para as usuárias e possíveis novos casos registrados.
A equipe tem publicado, constantemente, nas redes sociais as diferentes formas de acesso ao serviço e também realizando o atendimento presencial quando necessário. Além disso, outro meio de comunicação entre as usuárias e o equipamento é o whatsApp (19 – 9-8326-5386). O município também tem duas delegacias especializadas para atender mulheres que sofrem violência doméstica.
Fique por dentro
A violência doméstica contra a mulher é um fenômeno que envolve abuso por parte do companheiro dentro de casa e ocorre num ciclo constante de violência com quatro fases distintas. A primeira é marcada pela tensão entre o casal, período em que ocorrem provocações, ofensas e humilhações. Na fase dois, vem a explosão que é caracterizada pelo descontrole e episódios de violência física. É nesta fase que as mulheres são espancadas.
Depois disso, o autor da violência se arrepende, pede desculpas e promete o fim da violência. Esta é a terceira fase do ciclo. Por último, chega a lua de mel. Quando o incidente é “esquecido” e a violência não se repete; até que existe a volta à primeira fase.
Como a violência segue um ciclo, a coordenadora do Ceamo deixa uma dica aos cidadãos. “Se sua amiga, vizinha ou familiar está isolada com um homem abusivo fale com ela todos os dias pelo telefone, whatsApp ou outra rede social. Escute o que ela tem a dizer sem julgamentos para que ela confie e lhe diga se estiver em perigo. E informe a ela os números de emergência”, detalha Elza.
De acordo com a coordenadora, essa é uma boa maneira de ajudar uma mulher que sofre violência doméstica. Os números para casos de emergência são o 153 para acionar a Guarda Municipal (GM), se o vizinho ouvir gritos ou sons de briga. Para emergência médica, chame o Samu pelo 192 e, ao perceber que há violência contra a mulher, Disque 180, que é a Central de Atendimento à Mulher em todo o País.
Tipos de violência contra a mulher
A Lei Maria da Penha estipula cinco tipos de violência doméstica: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Para abalar emocionalmente sua parceira, o homem abusivo humilha, isola, insulta, persegue e ameaça.
Sexualmente ele pressiona a mulher, exige práticas que ela não gosta, além de se negar a usar preservativo e negar a ela o direito a métodos contraceptivos.
Na violência moral o agressor calunia, injuria e difama. Em relação ao patrimônio, ele controla o dinheiro, destrói os objetos da mulher, não a deixa trabalhar e oculta bens e propriedades. A violência física inclui empurrões, chutes, espancamento, além de amarrar e violentar.
Canais de atendimento
Facebook: Ceamo C. Referência
Telefone / WhatsApp: (19) 9-8326-5386
Onde procurar ajuda
1ª DDM – Delegacia de Defesa da Mulher
Avenida: Antonio Carlos Sales Júnior, 310 – Jardim Proença
Atendimento de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
2ª DDM – Delegacia de Defesa da Mulher
Rua: Ferdinando Panattoni, 590 – Jardim Paulicéia
Atendimento 24 horas

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