Ponte Preta faz 125 anos e ganha monumento na entrada do estádio

Homenagem à Ponte Preta

Criado pelo empreendedor artístico Rodrigo Zingoni, o GorillaZ é feito totalmente em aço e representa a força do torcedor alvinegro

Rodrigo Zingoni ao lado do monumento em homenagem ao aniversario de 125 anos da Ponte Preta Divulgacao
Rodrigo Zingoni ao lado do monumento em homenagem aos 125 anos da Ponte Preta /Divulgação

A Ponte Preta celebra 125 anos de existência com um presente para os torcedores. Seguindo a tendência de grandes agremiações, como o Atlético-MG, o clube inaugura um monumento que faz referência à sua mascote. Feito inteiramente em aço, o GorillaZ, criado e confeccionado pelo empreendedor artístico Rodrigo Zingoni, ficará exposto permanentemente em frente ao estádio Moisés Lucarelli. “Minha expectativa é de que esse monumento se torne um ponto de identificação e orgulho para a torcida, e valorize o espaço público como um local de arte acessível para todos”, afirma Zingoni.

 

Assim como o Galo na entrada do estádio do Atlético-MG, o GorillaZ passa a recepcionar os torcedores da Ponte. Produzido em chapas de aço de 1,5 milímetro, o monumento tem 1,57 metro de altura, 1,47 metro de comprimento e pesa cerca de 73 quilos.

 

A peça, que faz parte do acervo de Zingoni, chamou a atenção do time de Marketing do clube, que demonstrou interesse em exibi-la de forma pública e permanente. Um dos clubes mais antigos em atividade no país, a Ponte Preta tem a Macaca como sua primeira mascote. O Gorila, adotado nos anos 2000, representa a força da torcida alvinegra.

 

Na oficina de Zingoni, em Hortolândia (SP), o GorillaZ foi inicialmente modelado no computador. A partir do desenho digital, foram preparados os arquivos para corte das chapas, que passaram pelas etapas de dobra, montagem, solda, acabamento e pintura. “O maior de

safio foi montar a estrutura com precisão e acabamento 100% em solda, sem uso de massa. Também era essencial garantir resistência e segurança para uma peça de uso público”, destaca.

O monumento levou três meses para ser produzido e contou com o apoio de um auxiliar. Diferentemente de outras obras, que em geral são feitas em fibra, o GorillaZ foi desenvolvido em aço maciço, garantindo resistência ao tempo e interação com o público. “A maioria das esculturas figurativas é feita de materiais frágeis. O GorillaZ foi construído para durar e ser parte viva da experiência do torcedor”, afirma.

 

Também em homenagem à torcida, Zingoni está produzindo uma réplica em miniatura do GorillaZ, com 28 centímetros de altura e pintura em aerografia, técnica que marcou o início de sua trajetória artística. A peça será sorteada entre torcedores, e uma edição limitada estará disponível para venda. “Agora, o torcedor terá a chance de levar para casa um fragmento simbólico do estádio, uma miniatura do monumento que passa a fazer parte da história da Ponte Preta”, diz.

 

Aço e sonho

 

Publicitário de formação, Rodrigo Zingoni iniciou sua trajetória artística ainda na infância, inspirado por um desenho que ganhou de presente de um colega do pai. Autodidata, passou pelo grafite, pela aerografia e sinalização visual até encontrar nas esculturas contemporâneas em aço sua linguagem definitiva.

Em 2015, ao concluir um monumento para a indústria HP, teve a certeza de que a arte poderia ser mais do que uma paixão. Fundou a Bendz by Zingoni – Arte Contemporânea Surpreendente, oficina que une criação artística e produção industrial com precisão.

Hoje, Zingoni trabalha para fechar uma parceria com uma grande siderúrgica para o uso de chapas de aço 100% reciclado. “Quero unir arte, identidade e sustentabilidade. O foco é transformar cada obra em símbolo do compromisso ambiental de empresas e instituições.”

Segundo o empreendedor artístico, o GorillaZ trouxe aprendizados técnicos valiosos e consolidou seu plano de expandir a produção de monumentos para outros clubes e corporações.

 

“É uma grande satisfação ter minha obra representada por um clube com tanta história. A parceria com a Ponte Preta mostra que a arte pode transformar espaços públicos e se conectar com a alma de quem passa por eles”, conclui.

 

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