Concerto gratuito da Sinfônica de Campinas destaca talentos da cidade e clássicos imortais

Sob a batuta de Evandro Matté e a sonoridade da igreja da Ponte Preta, Sinfônica de Campinas traz obras de Marco Padilha – compositor radicado em Campinas -, Mozart e Prokofiev

 

Maestro convidado Evandro Matte Foto Firmino Piton PMC
Maestro convidado Evandro Matté /Foto: Firmino Piton-PMC

A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas promove concerto gratuito neste sábado, 18 de outubro, às 19h, na Paróquia Santo Antônio. Não é necessário retirar ingressos. antecipadamente.

Com a regência do maestro convidado Evandro Matté, a apresentação da noite especial destaca os músicos da casa como solistas: Carlos Coradini (oboé), Felipe Reis (clarineta), Isaque Elias (trompa) e Francisco Amstalden (fagote) — todos integrantes da Sinfônica de Campinas.

O repertório reúne obras de grande beleza e contraste: Sinfonia Concertante “Das Vozes Esquecidas”, de Marco Padilha; Sinfonia concertante para sopros, de W.A. Mozart; e Sinfonia Clássica, de Serguei Prokofiev.

 
Contexto social

A Sinfonia Concertante “Das Vozes Esquecidas” é uma obra do compositor Marco Padilha, radicado em Campinas. Escrita em três movimentos — Il Lamento (italiano, “O Lamento”), Ab Irato (latim, “Em estado de ira”) e Libera Me (latim, “Liberta-me”) —, a composição carrega um forte contexto social, concebida para dar voz aos excluídos da sociedade.

O compositor explica quem são os “excluídos” e sobre sua falta de voz. “Hoje temos exemplos concretos disso (dos excluídos), jovens que vão para a guerra, crianças morrendo, pobreza, fome extrema, os mortos pela Covid, nossos povos originários em situação de vulnerabilidade total, e outras tantas situações.”

 

Biografia do maestro e solistas
 
Evandro Matté

Evandro Matté é maestro, trompetista e professor. Atualmente é diretor artístico da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro (OCTSP) e do Festival  Internacional de Música SESC – Pelotas. Foi diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) por dez anos.

Aos 15 anos já integrava a Orquestra Sinfônica de Caxias do Sul. Ingressou na Escola de Música da OSPA e, aos 19 anos, conquistou a cadeira de trompetista da orquestra.

Seu interesse pela regência se aprofundou em festivais e masterclasses com grandes nomes da música, como Kurt Masur. Em 2007, assumiu a direção artística da Orquestra Unisinos Anchieta, com a qual gravou quatro álbuns e promoveu projetos de formação musical infanto-juvenil. Em 2011, idealizou o Festival Internacional SESC de Música, em Pelotas, que rapidamente se consolidou como um dos maiores eventos do gênero na América Latina.

Esteve à frente da OSPA por uma década e da OSPA Jovem, orquestra da Escola de Música da instituição, vencedora do Prêmio Funarte de Apoio a Orquestras em 2015.

Já regeu, como convidado, importantes orquestras no Brasil e no exterior, passando por países como Uruguai, Argentina, Colômbia, China, República Tcheca, Croácia, Alemanha, Itália, Portugal e Estados Unidos. Trabalhou com solistas de renome internacional, como Nelson Freire (BRA), David Guerrier (FRA), Christoph Hartmann (ALE), Fred Mills (EUA), Pierre Dutot (FRA), Yang Liu (CHI), Emmanuele Baldini (ITA) e Milton Vieira (BRA).

Recebeu reconhecimentos destacados, incluindo o Troféu Conselho Estadual de Cultura do RS (2018) e a insígnia de Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres, concedida em 2019 pelo Ministério da Cultura da França por sua contribuição às artes francesas no Brasil.

Carlos Coradini

Destacou-se como primeiro oboé em diversas orquestras, entre elas a Orquestra da Escola de Música de Piracicaba, Orquestra Sinfônica Municipal de Americana (SP), Orquestra Sinfônica de Rio Claro (SP), Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, Banda Sinfônica da Polícia Militar de São Paulo, Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica de Sorocaba (SP) e Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), entre outras.

Foi vencedor do I Concurso Rotary – IGE (Intercâmbio de Grupo de Estudo Uni Vocacional Musical, 2000). Realizou o programa oficial em Harmonia e Composição sob orientação do maestro Dr. Ernst Mahle, e o curso de História da Música com o professor Afrânio Garboggini.

Desde 1993 integra a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, onde foi efetivado em 1996, exercendo o cargo de professor de Orquestra Solista I (chefe de naipe).

Felipe Reis

Foi premiado em diversos concursos nacionais, entre eles o 1º lugar no Concurso José de Ribamar Sousa para Jovens Clarinetistas e o 1º lugar no Concurso Pré-Estréia da TV Cultura, na categoria Música de Câmara, com o Quarteto Nó na Madeira. Também conquistou o 2º lugar nos concursos Devon & Burgani para Jovens Clarinetistas, entre outras premiações.

Participou de importantes festivais, como o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o Festival Música das Esferas e o Curso de Férias do Conservatório de Tatuí, além de diversas masterclasses com renomados professores e solistas.

Atuou em grupos como a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra Experimental de Repertório e a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, entre outros.

Atualmente, é solista da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, clarinetista assistente de principal da Orquestra Bachiana Filarmônica SESI-SP e integrante do Quarteto de Clarinetes Nó na Madeira.

Isaque Elias

Iniciou seus estudos de trompa no Guri Santa Marcelina, com o professor Rafael Nascimento, e posteriormente na EMESP Tom Jobim, sob orientação do professor Nikolay Genov.

Participou de importantes grupos de formação, como a Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Em 2016, ingressou na Orquestra Experimental de Repertório e participou da 46ª à 50ª edições do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão.

Em 2018, integrou a Academia da Osesp, e, de outubro de 2018 a março de 2025, atuou como chefe de naipe da Orquestra do Theatro São Pedro. No mesmo período, passou a integrar o Quinteto Novos Ventos.

Desde maio de 2025, é músico da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.

Francisco Amstalden

Participou do Curso Internacional de Brasília – CIVEBRA nos anos de 1978 e 1980, e do Festival de Inverno de Campos do Jordão “Dr. Luís Arrobas Martins” em 1980, 1981 e 1982.

Foi Menção Honrosa no V Concurso Jovens Instrumentistas de Piracicaba (1979) e premiado nas edições VI (1981) e VII (1983) do mesmo concurso.

Atuou como professor de fagote na Escola de Música de Piracicaba “Maestro Ernst Mahle” (EMPEM) entre 1998 e 2001.

Como camerista, integra o Quinteto de Sopros Sopra 5, participa do Quinteto de Sopros da Orquestra Sinfônica da Unicamp e colabora com masterclasses promovidas pelo Departamento de Música da UNICAMP.

Ingressou na Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas em 1984 e na Orquestra Sinfônica da Unicamp em 1990, permanecendo em ambas até os dias atuais.

 

Serviço

Sinfônica de Campinas

Sinfonia Concertante “Das Vozes Esquecidas”
Data: 18/10, sábado
Horário: 19h
Local: Paróquia Santo Antônio – Av. da Saudade, 854 – Ponte Preta, Campinas – SP
Entrada gratuita, sem retirada de ingressos

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