Campinas entrega Hospital da Mulher que começa a funcionar em setembro

Hospital da Mulher

A Prefeitura de Campinas entregou nesta sexta-feira, 22 de agosto, as obras do Centro de Referência de Assistência Integral à Mulher (Craim), o Hospital da Mulher.  A estrutura recebeu investimento de R$ 6,5 milhões e foi criada com o objetivo de modernizar e humanizar os atendimentos em saúde às mulheres a partir de uma série de serviços. O prefeito Dário Saadi recebeu o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a cerimônia de entrega. Parte dos recursos da obra foi direcionada pelo governo federal.

A construção do Hospital da Mulher é um dos principais avanços do SUS Municipal em busca de qualificação na assistência com promoção de dignidade e pluralidade.

O Hospital da Mulher começará a funcionar em setembro. “Pra mim é muito emocionante, principalmente pela simbologia. As mulheres são maioria da população e merecem um atendimento especializado. As obras foram feitas com todo capricho possível, é um espaço de primeira qualidade”, ressaltou o prefeito. Ele explicou que a unidade está preparada para uma série de procedimentos e terá papel importante em diagnósticos precoces e pré-natal de risco.

A gestão será municipal, com servidores da Prefeitura, e as pacientes serão atendidas mediante encaminhamentos realizados por outros serviços do SUS Municipal.

A Prefeitura aplicou R$ 1,1 milhão e o Ministério destinou R$ 5,4 milhões para as obras. Elas começaram em junho de 2021, em meio às dificuldades impostas pela pandemia.

“Para o Ministério da Saúde, a saúde da mulher é prioridade absoluta”, afirmou Padilha.

Capacidade

O Hospital da Mulher fica na Avenida das Amoreiras, bairro Parque Itália, onde há uma sinergia assistencial com outros equipamentos de saúde instalados em Campinas: Hospital Mário Gatti, Hospital de Amor, Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (AD) Sudoeste. A região terá ainda o Hospital Metropolitano, que será construído pelo governo do Estado.

A estrutura, com dois pavimentos e fachada envidraçada, tem capacidade para aproximadamente 250 atendimentos diários, entre consultas e exames. A equipe terá cerca de 50 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e radiologia, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas.

A área tem 10 mil metros quadrados, sendo que o prédio totaliza 1,7 mil metros quadrados.

Participaram também da cerimônia de entrega os secretários municipais de Saúde e de Infraestrutura, respectivamente, Lair Zambon e Carlos José Barreiro, a secretária de Políticas para as Mulheres, Alessandra Herrmann, o presidente da Rede Mário Gatti de Urgência e Emergência, Sérgio Bisogni, o deputado federal Jonas Donizette e servidores.

Já a Câmara de Vereadores foi representada pelo parlamentar Luiz Rossini, presidente da Casa. Ele foi o autor do projeto de lei que denomina o centro de referência como Hospital da Mulher Dr. Pedro Serafim Neto (1922-2009), em homenagem ao médico que teve carreira destacada na Santa Casa e na Maternidade de Campinas. Ele foi lembrado na solenidade pela filha Maria Antonieta Serafim, irmã do ex-prefeito Pedro Serafim Junior.

“Apesar da maior crise de saúde pública registrada nos últimos 100 anos, a Saúde de Campinas permaneceu atenta às outras demandas urgentes. Em 2021 iniciamos a construção desta unidade especializada no atendimento às mulheres. É um avanço significativo que está em sintonia com a política do SUS Municipal de buscar mais inclusão, diversidade e acolhimento”, ressaltou Zambon.

“Este hospital atenderá de forma adequada todas as necessidades das mulheres, complementando o padrão de excelência adotado pela saúde pública municipal de Campinas”, afirmou Barreiro.

Divisão da estrutura

• Piso térreo: oito consultórios, três salas de procedimentos, três salas de atendimento individual, salas de exames (mamografia, ultrassom), farmácia, refeitório e espaços administrativos.
• Mezanino: auditório para 80 pessoas, sala de reuniões e cinco salas multiuso.
• Sala de observação: dois leitos para gestantes de alto risco ou casos específicos.
• Salas de procedimentos: três unidades para pequenos procedimentos.
• Serviços oferecidos: pré-natal de alto risco, patologia cervical, mastologia, planejamento familiar, mamografia e ultrassom.
• Estacionamento: 135 vagas (97 internas e 38 externas).
• Expansão futura: inclusão de fisioterapia, uroginecologia e histeroscopia.